segunda-feira, 28 de junho de 2010


As palavras não são apenas palavras
São energia, força geradora.
Não há afetos esperdiçados.
Todo carinho é lembrado.
No universo, todo amor tem sua paga.
Nem sempre a recompensa vem
no tempo que queremos. No nosso tempo.
Muitas vezes, vem no tempo do outro,
quando o amor já se há perdido,
No meio das cobranças e das necessidades;
Dentro de tristezas e carências.
Há dias que a minha necessidade de recompensa é tanta,
Tão grande e vigoroso o desejo de correspondência,
Que penso que a lei do do retorno é uma reta,
Não tem curva, nem cruzamento, só destino certo.
Neste meio, há qualquer coisa errada.
O bem feito, a beleza, o adorno, a bondade
Parecem não ter a menor reciprocidade.
Por esta razão às vezes descreio
A lei do retorno, como todas as outras,
afigura-se-me injusta, me revolta.
Pois o bem praticado não tem volta.
Dizem-me que o amor dedicado
a alguém nunca é jogado fora,
mas em forma de amor,
na hora que se quer,não vem.
A alegria vai embora,
Apenas solidão e a dor me fazem companhia.
Transformam a vida numa cruel agonia.
Não amar é o remedio?
Mas como colocar porteira,
num coração desvairado?
Ensina-me poesia...
Meu coração é um vadio,
Um louco, um libertário,
Sempre me faz de otário
Leva-me a amar o vazio
Dedicar meus sentimentos
A quem não tem entendimento,
para compreender
e muito menos corresponder
Afetos e carinhos dispensados.
Feito passarinho,
me atiram pra fora do ninho,
sem a menor compaixão,
sem um gesto de carinho
Deixando ferido meu coração...
Ave de asas partidas,
neste mundo cão!

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